Rieu

02/04/2017

Tzav: Vivendo pelo exemplo em espiritualidade




Tzav: Vivendo pelo exemplo em espiritualidade

A grandeza espiritual é definida mais por aquilo que fazemos com o que aprendemos do que com o que sabemos. É o comportamento que nos faz espirituais, não as nossas crenças.

Na porção de Tzav, Moisés instrui os filhos de Aaron sobre como fazer os sacrifícios no Tabernáculo. A porção está repleta de detalhes minuciosos sobre como levar a cabo os sacrifícios: o que queimar sobre o altar, o que não queimar, o que comer, o que não comer. As palavras contam-nos uma história, mas cada letra é um código que nos revela ensinamentos sobre a união dos mundos físico e espiritual.

Eu gostaria de focar num aspeto que nos orienta para os próximos sete dias.

Uma das instruções que Moisés dá aos filhos de Aaron é sobre levar as cinzas dos sacrifícios feitos no altar para um ponto no exterior do Tabernáculo.

Isto pode parecer uma exigência estranha, Nadav e Avihu eram consciências muito elevadas. De entre todas as pessoas na congregação, porque lhes era pedido a eles que tratassem do lixo? Esta parece ser tarefa para um servo menor, não para um sumo-sacerdote.

Certamente que os filhos de Aaron tinham trabalho erudito e tarefas espirituais a fazer.

E no entanto, é exatamente o contrário. Quanto mais elevado é o nível que atingimos, mais se nos exige que trabalhemos, que usemos a pá para escavar na sujidade, sendo servidores das nossas comunidades e da humanidade.

Isto lembra-me muito uma lição que o meu falecido marido, o Rav Berg, aprendeu com o seu próprio professor, o Rav Brandwein. O Rav tinha viajado de bem longe para estar com o seu professor, para estudar com ele pela primeira vez. E estava tão ansioso por ir aprender Kabbalah.

E no entanto, quando ele chegou, o seu professor, o Rav Brandwein, insistiu em que juntos empacotassem uns livros de Kabbalah. Naturalmente, o Rav ficou confuso. Fazer caixotes? Não poderiam pagar a alguém para empacotar os caixotes. Ele tinha vindo para estudar uma sabedoria importante com um grande mestre espiritual.

E esta foi a primeira lição do Rav Brandwein: um mestre não ensina apenas. Um mestre faz.

Uma pessoa bondosa não é assim considerada porque fala de bondade, mas porque é bondosa. Uma pessoa atenciosa não ensina sobre gentileza, antes a exprime a todos os níveis. Um ser espiritual não prega sobre espiritualidade, antes é a sua personificação.

Há uma energia muito especial no universo esta semana, e talvez já a tenham começado a sentir. Empurra-nos adiante, ajudando-nos a evoluir de um ponto em que pensamos, falamos e talvez até agimos de modo espiritual, para um estado em que somos seres espirituais.

Possamos nós estar presentes e constantemente à procura dessas oportunidades que se nos vão apresentar esta semana. Possamos nós ver os desafios que se vão erguer como oportunidades de elevação espiritual. Vamos descobrir aqueles momentos em que podemos passar de estudantes espirituais a mestres espirituais.

Pois, tal como aprendemos desta porção de Tzav, quanto maior é o nível espiritual de uma pessoa, maior é a sua capacidade e responsabilidade em viver pelo exemplo.

Esta semana, deixemos que o viver pelo exemplo seja o nosso verdadeiro Norte.

Desejando uma semana abençoada

Karen

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