A partir do por do sol de 22 de setembro
mergulhamos no dia mais forte do ano: Yom Kipur, data conhecida como o dia do
perdão, do arrependimento, único dia do ano em que temos acesso direto a BINÁ –
A Mãe Divina.
Dia em que nós mesmos nos julgamos por
tudo aquilo que não fizemos- e deveríamos ter feito-, e, também, por tudo que
fizemos- e não deveríamos ter feito-; dia em que nos julgamos por nossos
próprios julgamentos.
Para entender melhor esta data
compartilhamos com todos vocês um texto sobre o “Significado Espiritual de Yom
Kipur”, baseado nos ensinamentos do rav. P.S. Berg.
Shalom,
Jane Ribeiro
O Significado Espiritual de Yom Kipur
Conforme a sabedoria da Cabala, o Yom
Kipur é um momento de expiação – mas em um sentido especial.
É
um dia para sermos um com o nível de Luz supremamente alto, e para recebermos
todo o benefício que uma conexão como esta pode trazer.
Claro que Yom Kipur inclui o jejum e
outras ferramentas espirituais para criar uma separação do mundo físico, mas o
objetivo dessas ferramentas não é o auto-castigo ou a negação do prazer como um
fim em si mesmo.
Estamos com isso nos preparando para
receber completamente o aspecto extraordinário da Luz que está disponível para
nós somente durante esse dia.
Em
Yom Kipur, podemos tocar Biná, que é a fonte de todas as formas de
plenitude que desejamos.
Enquanto renunciamos, neste momento,
temporariamente a certos prazeres, estamos obtendo muito mais do que jamais
poderemos imaginar.
A
Cabala nos ensina que nossas ações se expressam ao longo de cada ano em duas
formas de energia espiritual.
A
primeira metade do ano é uma época de causas.
A
segunda manifesta os efeitos que essas causas colocaram em movimento.
Mas
não há nada inevitável neste processo.
O
Criador nos dá uma oportunidade de anular todo e qualquer julgamento que nossas
ações negativas tenham trazido sobre nós – e não somente as ações do último ano,
mas também tudo o que veio antes.
Esse é o objetivo da época de limpeza
espiritual que começa com Rosh Hashaná, inclui Yom Kipur, Sucót e termina com
Simchá Torá.
Em
2015, Yom Kipur terá inicio no por do sol de 22 de setembro
(terça-feira).
Durante as horas seguintes nos
separaremos de todos os aspectos do mundo físico, e nos conectaremos com o alto
nível de energia espiritual que a festividade coloca à nossa disposição.
Não
participamos de nada que possa gerar prazer físico.
Não
comemos nem bebemos.
Não
usamos couro.
Em
geral, nos separamos da fisicalidade em todas as suas formas.
De
fato, a maioria das pessoas não sente falta de comer e beber.
Como explica o Rav Berg:
“Em
Yom Kipur, a conexão com Biná – o grande armazém de energia espiritual que nos
provê de tudo o que queremos na vida – Luz – está à nossa disposição. Nessas
circunstâncias, ninguém se preocupa com o almoço”.
“Se
alguém te desse as chaves de um tesouro e te dissesse que você poderia ficar com
todo o ouro que pudesse pegar, você utilizaria esse tempo para comer um
sanduíche ou tomar um café?”
Costumamos nos vestir de branco para os
serviços diurnos e noturnos, pois o branco simboliza a pureza, que é um aspecto
da festividade.
Cabalisticamente existe uma ligação
entre o branco e a Luz do Criador.
Assim como a luz branca contém todas as
cores do espectro, a Luz espiritual contém cada aspecto da plenitude.
E,
devido ao seu poder de reflexão, o branco representa a essência de compartilhar
do Criador.
O
serviço noturno inclui a oração Kol Nidre em aramaico antigo, que é muito
mais que uma linda oração; é uma poderosa ferramenta espiritual para eliminar
qualquer promessa que não pudemos cumprir. Isso é muito importante: a Cabala
ensina que as palavras são um componente importante no sistema espiritual.
Quando fazemos uma promessa ou assumimos um compromisso, geramos Luz – mas se
não cumprimos com nosso compromisso, criamos no cosmos um espaço vazio através
do qual a negatividade entra em nossas vidas.
O
Kol Nidre repara esses espaços no tecido espiritual.
Os
serviços da manhã e da tarde do dia de Yom Kipur inclui leitura da Torá,
meditações e orações que Rav Ashlag descreveu como “comidas espirituais”.
A
última dessas orações, ao final do serviço, é especialmente importante.
A
oração é conhecida como Neilá e representa o “selo do veredicto”, que nos
exonera de qualquer julgamento, selando tudo aquilo que obtivemos durante a
festividade.
No
final da oração toca-se o shofar pela última vez e, com isso, rompemos
nossas cadeias espirituais e termina a observância de Yom Kipur.
Ao
observar e participar das orações e rituais de Yom Kipur – isto é, nos
conectarmos com Biná conscientemente – mergulhamos dentro de uma energia
espiritual extremamente poderosa. Enquanto estamos no marco da festividade, as
forças negativas não têm poder sobre nós e podemos acumular toda abundância,
saúde, paz e amor – cada aspecto da plenitude que necessitamos.
Biná nos protege da mesma forma como o
líquido amniótico protege o bebê no útero materno.
Ao
estarmos completamente limpos e livres de negatividade, podemos usar Yom
Kipur para recarregar completamente nossa nova vida.
Ao
terminar a festividade, a energia muda.
Já
não estamos mais conectados com o poder de Biná.
Estivemos livres da negatividade que, ao
final da festividade, pode regressar com represálias criando um espaço
irresistível de oportunidade para as energias negativas.
Se
voltarmos às antigas ações e intenções negativas, chamamos de novo sobre nós não
somente os julgamentos desta vida, como tudo aquilo que nossas almas vêm
acumulando desde o começo da Criação.
Se
isso soa muito exigente, não é nada mais do que simplesmente ter a sincera
resolução de tratar a todos com dignidade humana: dar aos outros o que
desejamos que nos dêem.
Permitir fazer isso com a fortaleza
espiritual que o Criador pretendia, é o propósito e a oportunidade de Yom Kipur
e de nossas vidas como um todo.
*(baseado nos ensinamentos do rav. Berg)
FONTE:
Facebook : Carmen Balhestero /
Fraternidade PAX Universal / UM CURSO EM MILAGRES – CARMEN BALHESTERO
TVPAX: www.tvpax.com.br
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