Assuma um compromisso com você mesmo
e alcance a satisfação afetiva
Os
solteiros se queixam da solidão. Os casados reclamam da falta de liberdade. Os
"enrolados" reclamam da insegurança. Todos reclamam de decepções e dificuldades.
Afinal, dá para ficar satisfeito no amor?
O
fato de reclamarmos, seja qual for o tipo de relação que estejamos vivendo, nos
leva uma inevitável constatação: não é a situação afetiva que cria aflições,
somos nós mesmos.
A
vida afetiva é, acima de tudo, um compromisso consigo mesmo. Solteiros,
cuidamos de nós mesmos, do casamento interno entre nossas energias masculinas e
femininas. Ao nos relacionarmos com outra pessoa, passamos a ter de lidar com
mais um compromissso, o casamento de nosso casal interno com o casal interno do
outro. Assim, fica claro o quanto é importante sabermos lidar com nosso
relacionamento interno para então lidarmos com o relacionamento a dois.
Devemos
assumir essa responsabilidade não por uma obrigação ou expectativa, mas por
amor a nós mesmo. Relacionamentos iniciados pela carência, por ilusões criadas
em nossa cabeça ou pela expectativa dos outros são frágeis. Atraímos situações
e parceiros com base nessa energia e a afetividade é construída nessa essência.
Isso é algo tão sutil que geralmente não percebemos. E quando os problemas
começam a acontecer, não identificamos sua origem, e ficamos lidando apenas com
seus reflexos. Consideramos o relacionamento difícil, o outro complicado e não
mergulhamos até a raiz da situação: nós mesmos."Consideramos o relacionamento difícil, o outro complicado
e não mergulhamos até a raiz da situação: nós mesmos."
É
comum, por exemplo, a mulher reclamar que seu companheiro não é carinhoso o
suficiente. Mas será que ela não tem um problema de autoestima que a faz
demandar demasiadamente estímulos do seu parceiro para se sentir amada? O
homem, por sua vez, reclama que a mulher é carente demais e por isso sente-se
sufocado. Mas será que ele para e reavalia como ele está demonstrando seu amor
à sua companheira e se sua postura realmente pode ser mais afetuosa?
QUEM ESTÁ SOLTEIRO
Estar
solteiro é uma oportunidade de aprender a lidar com você mesmo, aprender a
identificar suas preferências, seus limites, suas fraquezas e, principalmente,
preencher o vazio interno. Assim, é possível libertar-se do apego e da
dependência de um parceiro. Um relacionamento nessa vibração se concretiza pelo
medo da perda, gerando necessidade de controle, ciúmes e situações de abuso.
Portanto, assuma o compromisso de amor com você mesmo, aprofunde-se nesse
relacionamento interno. Aprenda a viver a paixão, o amor, as brigas e
desentendimentos de você com você mesmo. Aprenda a lidar com o orgulho, com a
solidão e a rejeição. Dessa maneira, estará preparado para viver de maneira
saudável seus relacionamentos afetivos com o outro.
QUEM VIVE UM RELACIONAMENTO
Experimentar
o relacionamento a dois é uma lição mais ampla, mas também mais trabalhosa. Ao
relacionar-se com o outro é fácil perder o foco em si mesmo. Primeiro porque os
limites tornam-se menos definidos e de certo modo se misturam as identidades. E
se o foco fica majoritariamente no(a) parceiro(a), você perde-se a si mesmo de
vista, gerando desequilíbrio e insatisfação no relacionamento. Mas mesmo como
casal é possível manter o compromisso individual. Dessa forma, cada um honra
primeiro as suas próprias necessidades. Depois, avalia e resolve internamente
suas questões antes de projetá-las lá fora. Com os próprios limites definidos,
cada qual assume sua responsabilidade na situação e, ao buscar uma resolução,
compartilha a situação ao invés de culpar o outro.
Ao
assumir o compromisso de amor com você mesmo, dá o primeiro passo para assumir
o compromisso de amor com seu(ua) parceiro(a). O interessante no exercício a
dois é que o outro atua como um espelho para você. O comportamento do(a)
companheiro(a) lhe mostra como você se coloca no relacionamento, e portanto
como lida com sua própria identidade.
Não
importa se estamos solteiros, enrolados, namorando ou casados. Uma vez comprometidos
em reconhecer e aceitarmos a nossa identidade e sermos nós mesmos, criamos as
bases para uma vida afetiva solida e verdadeira, satisfatória e plena.
Desenvolvemos uma energia de compromisso, responsabilidade e autonomia.
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o livro Para que o Amor Aconteça e entenda como determinadas atitudes
influenciam sua vida amorosa.
SOBRE O AUTOR:CECI AKAMATSU
Terapeuta
acquântica, faz atendimentos presenciais no Rio de Janeiro, em São Paulo e à
distância. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.
Revista
PERSONARE
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