Ivan
Jubert Guimarães
26/03/2014
“Mulheres do
meu Brasil varonil, cheguei!”
“Aqui estou para agraciá-las com minha ilustre presença”.
“Aqui estou para agraciá-las com minha ilustre presença”.
“Portanto: Luzes, câmeras, microfones, ação: Zé Bonitinho vai cantar para encantar os corações das mulheres: Uau lá lá lá, uau, uau”
Era assim que Jorge Loredo, um advogado trabalhista e previdenciário, se apresentava no programa Noites Cariocas da extinta TV Rio e na TV Tupi de São Paulo, antes de trabalhar na Escolinha do Professor Raimundo e na Praça da Alegria.
Com suas roupas extravagantes numa cafona elegância de um D. Juan, Zé Bonitinho atraía as mulheres com seu charme e penteava seu bigode, sobrancelhas e seus cabelos, com um enorme pente amarelo.
Apesar das mulheres caírem aos seus pés, ele era um pouco esnobe com elas quando pediam para ser beijadas. Ele abraçava uma mulher, inclinava-a em seus braços e quando se aproximava para beijá-la ele dizia:
“Negativo!” “Hoje não estou a fim de beijar garotas, hoje estou a fim de comer um bombom”.
A garota dizia que ele era engraçado ao que ele respondia: “Engraçado é minhoca de biquíni de bolinhas desfilando na praia de Copacabana usando óculos escuros”
E durante 50 anos, Zé Bonitinho foi o cômico galã que encantou gerações deste Brasil varonil.
Ivan Jubert Guimarães
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