Aposto que está dizendo para si mesmo algo como:
"mas eu sou o dono de mim!". Tomara que esteja mesmo reivindicando
esse seu lugar! Tomara que não tenha dúvidas de que, em última instância e a
despeito das regras sociais, culturas, familiares e econômicas, entre outras, é
você quem decide pelo menos o que pensa e sente!
E convenhamos: se conseguir ter uma boa dose de
consciência sobre o que pensa e sente, vai ficar bem mais fácil decidir o que
fazer. E daí, é fato: quando você finalmente tem essa percepção, parecida com
aquela sensação de que "a ficha finalmente caiu", você consegue
decidir como vai agir, o que vai fazer diante de cada situação, especialmente
as mais difíceis.
Mas o grande ganho que você pode ter ao se apoderar
de si é, sem dúvida, o de parar de acreditar que o outro tem o poder de te
provocar. Ele até pode ter, mas só se você deixar. Sim, claro, não permitir que
o outro te incomode é uma sabedoria que exige treino de mestre. Em geral,
leva-se uma vida inteira para alguém conseguir não se deixar abalar por causa
do que o outro diz, pensa, sente e faz. Mas não custa começar...
E só a sua decisão de olhar para si (e não para o
outro), de olhar para dentro (e não para fora) a cada incômodo e se perguntar
algo como "o que eu faria se fosse dono de mim?", já te garante
atitudes até então consideradas impossíveis. É um exercício surpreendente e que
te dá uma noção incrível do que é liberdade.
Não se trata de ser perfeito ou de acertar todas.
Aliás, nem existe um 'certo' e um 'errado' unânime para todo mundo. Mas se
trata, sim, de descobrir o que você quer e de agir conforme esse desejo,
reconhecendo as consequências de suas escolhas e se preparando para lidar com
elas, sem se sentir vítima, refém ou sem sorte na vida, no amor ou em que área
for.
Lembre-se de que a "brincadeira" é: você
é dono de si e pode escolher como agir. Tudo depende de quais são seus
objetivos. Quer simplesmente desabafar, e dane-se o depois, ou prefere ponderar
e, antes de dizer ou fazer qualquer coisa de que possa se arrepender, respirar
fundo e pensar no que quer para sua vida, na pessoa que quer ser?
Podemos dizer que isso é ser inteligente e saber
agir estrategicamente. Mas não para ganhar do outro ou se mostrar melhor do que
ele. Não! Para simplesmente viver de forma mais autêntica e mais sintonizada
com o que existe de melhor dentro de você mesmo!
Quer tentar? Então, vamos simular algumas
situações?
Você está se sentindo inseguro porque está
recebendo bem menos atenção do outro do que gostaria. Como você agiria se se
sentisse uma pessoa muito segura e soubesse que a atenção que o outro te dá
também tem a ver com o quanto você está atraente e sedutor, em todos os
sentidos? E tem a ver, sobretudo, com as escolhas dele, com o que ele quer. E
ele tem esse direito!
Você está com ciúme diante de uma situação. Como
você agiria se estivesse muito consciente de suas qualidades e com a autoestima
muito boa? Como agiria se soubesse que o outro vai fazer o que bem entender e
que você não tem controle sobre isso?
Você gosta de alguém que não quer ficar com você.
Como agiria se se valorizasse mais e confiasse mais que o que tiver de ser,
será? Como agiria se tivesse certeza de que o amor é algo que precisa ser
fluido e não implorado?
Se achar que pode ajudar a encontrar as suas
respostas, pense em alguém que, em sua opinião, agiria da forma mais
inteligente e equilibrada possível numa situação semelhante. Use (no bom
sentido) essa pessoa como exemplo, como mestre. Na verdade, tudo de bom que
enxergamos no outro já está dentro de nós. É por isso que conseguimos enxergar.
Basta
acreditar nisso e começar a praticar, agindo com tais ferramentas e tal
sabedoria. E, então, como você agiria se fosse a pessoa mais feliz do mundo?
Entre nessa "brincadeira" e veja o que acontece...
Autora:Rosana
Braga
www.rosanabraga.com.br
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