Rieu

04/11/2013

Lua Nova de Sagitário (4 novembro de 2013)



Bem vindos ao mês de Sagitário — um mês cheio de milagres e Luz.

Geralmente descritas como afortunadas, as pessoas nascidas neste signo gostam de viver no limite. Elas tendem a se pegar contando com milagres, porque são conhecidas por adiarem as obrigações até o último minuto. Com interesse em aprender as coisas apenas por aprender, os Sagitarianos têm dificuldades para seguir o que aprendem e para terminar o que começam. Contudo, com sua natureza de possuir espírito livre e uma abordagem despreocupada, são capazes de navegar pela vida com razoável sucesso.

Ao mesmo tempo, os Sagitarianos amam desafios e são muito competitivos — tão competitivos, na verdade, que pode ser difícil para eles recuar depois de perceberem um fracasso. Nesta situação, porém, todos devemos considerar a sabedoria de Winston Churchill este mês: “O sucesso não é final, o fracasso não é fatal: é a coragem de seguir em frente que conta”.

Na Kabbalah, aprendemos que as letras hebraicas não são apenas parte de um idioma antigo, mas sim os elementos essenciais do universo espiritual. Existe uma letra hebraica que “rege” cada um dos planetas no nosso sistema solar e cada planeta, por sua vez, controla um dos doze meses do zodíaco.

Este mês, Júpiter rege Sagitário. Para nós isto é significativo, porque de todos os planetas do nosso sistema solar Júpiter é, de longe, o maior e também é poderoso, porque fornece equilíbrio ao resto dos planetas; na verdade, sem a força gravitacional de Júpiter, nosso sistema solar, como o conhecemos, entraria em colapso.

Além do seu poder físico, Júpiter possui poder espiritual. Está associado com milagres — aquelas ocorrências que percebemos como “acima” da natureza. Os milagres estão disponíveis para nós este mês, especialmente durante Chanuká, a janela de oito dias, que é o armazém dessa energia de milagres para o ano todo.

A letra Guimel é a terceira letra do alfabeto hebraico e é a letra que rege Júpiter. O numero três está conectado com o conceito kabalístico do sistema das três colunas ou as três forças que existem neste universo: a força de Compartilhar (conhecida como coluna da direita), a força de Receber (conhecida como coluna da esquerda) e o equilíbrio dessas duas energias, que é o Desejo de Receber para Compartilhar (coluna central). Neste mês temos que nos lembrar de que é através da energia da coluna central — ou seja, através da capacidade de Receber para Compartilhar — que conseguimos alterar o caos que nos rodeia. Todos nós já escutamos falar do dilúvio que destruiu o mundo na época de Noé. Diz-se que a razão por que houve um dilúvio foi porque as pessoas não se tratavam com dignidade humana e assim, através do seu Desejo de Receber para Si Mesmas, criaram um desequilíbrio na energia cósmica.

Hoje não temos dilúvios (ou pelo menos não na proporção do dilúvio de Noé). Mas temos caos, temos raiva e temos ganância. Eu quero. Eu preciso. E eu? Esse constante pensamento de “eu, eu, eu” cria um buraco no nosso escudo protetor. Pensamentos, ações e atos egoístas, todos eles agem como um alfinete pontudo, que fura tanto nossa aura protetora pessoal quanto, em um sentido global, a camada de ozônio que se destina a proteger todos nós.

Existe uma conexão direta entre o meio ambiente e nós. Quanto mais desrespeitamos a natureza, tanto mais a natureza reflete esse estado tóxico de volta para nós. Até mesmo pensamentos ou ações egoístas ou negativas, aparentemente insignificantes, de nossa parte, afetarão o mundo em algum momento, mesmo que não tenham (ou não emxerguemos) um efeito imediato como consequência.

Neste mês, no entanto, a Luz de Sagitário pode nos ajudar a reverter esse desequilíbrio espiritual através do nosso esforço coletivo para injetar e restaurar o equilíbrio em nossas vidas e no Universo.

Tudo que está acontecendo no mundo hoje tem um propósito: levar-nos ao ponto em que as pessoas entenderão como abrir suas mentes e seus corações para uma consciência de que nós – todos nós – precisamos mudar. Não mudar quem somos e o que somos, mas sim ser quem somos – uma parte da faísca unificada de Deus. Temos que permitir que “nosso inimigo mais querido” tenha sua opinião, desde que essa opinião seja algo que esteja em harmonia com os conceitos de compartilhar e de dignidade humana.

Chodesh Tov (Tenham um ótimo mês)…

Karen Berg - Diretora Espiritual Kabbalah Centre

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