Osteoporose provoca fraturas em cerca de 40% das mulheres.
Prevenção é o melhor remédio para esta doença traiçoeira e de sintomas silenciosos; pesquisa do New England Journal of Medicine aponta que suplemento de cálcio e vitamina D não combate a doença.
Perda de altura, com visual corcunda, diminuição da caixa torácica, prisão de ventre pela curvatura do corpo sobre o abdômen e, finalmente, a dor. Estes são os principais sinais que os pacientes que sofrem
de um processo avançado de osteoporose apresentam. O grande problema é que a doença é silenciosa, não provoca dor e seus sintomas são discretos. Com a diminuição da massa óssea, cresce naturalmente o risco de fraturas. Em mulheres, a fratura vertebral é observada em 16% dos casos, a fratura do fêmur em 17,5%, e a fratura do pulso está presente em 16% das pacientes, sendo que em 39,7% das pacientes é possível observar um dos três tipos.
O melhor caminho é a prevenção e não basta apenas utilizar suplementos alimentares. Em pesquisa recente, o New England Journal of Medicine publicou que o uso cálcio e a vitamina D como suplementação alimentar não previne a osteoporose. O estudo foi realizado com um grupo de mulheres acima de 50 anos durante um período de sete anos.
Para uma boa prevenção é fundamental conhecer o grupo de risco, composto por mulheres em idade média de 50 anos, as que apresentam menopausa precoce, as orientais ou com pele clara e as de baixa estatura. Além disso, o baixo consumo de cálcio, o aumento do consumo de sal e café, sedentarismo, uso prolongado ou excessivo de certos medicamentos como a cortisona, abuso do álcool, tabagismo, uso de hormônios firoidianos e a hereditariedade também contribuem para aumentar os riscos de desenvolver a doença.
"Seja em consulta clínica ou através de exames específicos, a identificação precoce da osteoporose é fundamental para um tratamento preventivo de sua evolução", explica a reumatologista Evelin Goldenberg. Medicamentos específicos lançados recentemente já circulam no mercado brasileiro, divididos entre bisfosonatos, que inibem a reabsorção óssea, e tereparatide, drogas que estimulam a formação do osso. Entre os bisfosfanatos estão o risendronato, ingerido via oral uma vez por semana, o pamindronato, de uso endovenoso a cada três meses e o zolendronato sódico, aplicado uma vez por ano via endovenosa, e já utilizado para tratar a doença de Paget (alteração do processo de remodelação do esqueleto). Existe também o remédio do mercado americano ibandronato sódico, consumido uma vez por mês por via oral. "Mas qualquer uma destas opções deve ter o acompanhamento médico para avaliação de caso a caso", afirma a especialista.
Fonte: ABN
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