Autor: Regis
Mesquita – Blog Nascer Várias Vezes
A
jornada na Terra sempre chega ao fim. Algumas vezes é necessário que o processo
da velhice, doença e morte seja acompanhada de perto por alguém.
Esta
pessoa pode ser você, que terá a responsabilidade de garantir o respeito, a
dignidade e o conforto físico de seu parente amado.
Acredito
eu que não exista gesto mais nobre de amor. Tenho a certeza que também não existe momento mais oportuno
para o aprendizado e para a vivência espiritual.
Muitas
pessoas sentem-se desconfortáveis frente à morte. Mas, acredite, para o espírito
é um momento belo e
grandioso. Este texto tem a missão de desmistificar a morte, facilitar sua
vida ao lado da pessoa que se prepara para partir e te ajudar a viver plenamente
o amor que existe dentro de você (sem medo e sem
receio).
Se
este texto for útil para você, será para outras pessoas. Portanto, te convido a
divulgar o link deste texto.
"A
separação da alma e do corpo é dolorosa?
—
Não; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte;
neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da
morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu
exílio.
No
momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz
entrever o mundo para o qual regressa?
— A
alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e
então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente
separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação
do estado de Espírito."
Allan
Kardec - O Livro dos Espíritos
Ajudar
alguém nos últimos meses ou anos é uma das maiores responsabilidades que alguém
pode ter. Sob certos aspectos é bem mais difícil que criar uma criança. A
criança coleciona conquistas, o idoso ou o doente coleciona dificuldades. Mas,
porém, virão conquistas; conquistas para o espírito e para o amadurecimento
pessoal. Nesta fase os grandes
ganhos não são exteriores, são interiores.
Tenha
claro esta realidade: há muito aprendizado nos últimos anos de
vida.
E
mais, são alguns dos aprendizados mais importantes para o futuro do espírito.
Uma
criança nasce e aprende a falar e a andar. São ganhos que parecem grandes, mas
que se perdem com o falecimento. Já os aprendizados dos últimos anos são
realmente centrais para o espírito. Por exemplo: uma pessoa muito orgulhosa, ao
se ver necessitada de ajuda, descobriu na humildade a paz que lhe faltou por
toda a vida. Ela dizia: "Meu Deus, porque não aprendi a viver assim antes?" Não
aprendeu antes, mas aprendeu quando as limitações físicas se fizeram mais
fortes.
Alguém
poderia dizer; "antes tarde do que nunca". Quem conhece a vida espiritual sabe
que NUNCA é tarde para esta transformação positiva. Esta transformação será
muito importante por décadas e séculos.
Por
isto, não fique tão triste com as perdas que acompanham a velhice e as doenças.
São oportunidades únicas. São oportunidades
importantíssimas.
Primeiro
porque "tira de cima da pessoa" o peso da sociedade. A sociedade é uma prisão
brutal para grande parte das pessoas. Somos orgulhosos, esta é a verdade. São
raríssimos os seres humanos que não são orgulhosos. A doença e as limitações da
idade jogam por terra grande parte das vaidades, orgulho e desejo de ser aceito
(os místicos dizem: tudo desaba). É um choque que coloca o ego da pessoa lá
embaixo; algumas até deprimem. Mas, a queda do ego é a porta aberta
para a emersão do que é realmente importante para o
espírito.
São
bilhões de pessoas que tem na velhice e nas doenças as últimas oportunidades
para realizar seu progresso espiritual.
Importante: aprenda a olhar para a pessoa amada
como um espírito que dá os
últimos passos e que tem as últimas oportunidades de realizar conquistas nesta
vida (nesta encarnação).
O
corpo perde, mas o espírito pode ganhar. O corpo vai finalizar, mas a vida
espiritual ainda é longa. Por isto, tranquilize-se com as perdas. Tenha
serenidade para acompanhar estas perdas. Cuide com carinho, mas treine-se para o
desligamento. Aceite cada
passo que a natureza der; traga conforto e use sempre um diálogo espiritualizado para facilitar o entendimento e a
superação das dificuldades.
Treine
com a mensagem de Jesus: "seja feita a Sua vontade". Nada é perda, tudo é
transformação. Tenha
paciência, porque você é apenas alguém que acompanha uma trajetória que é muito
pessoal e especial - a trajetória do seu ente querido até a libertação do
corpo.
Veja a
morte como saudade para quem fica e liberdade para quem vai. É uma
libertação, porque chegará um momento em que os aprendizados serão pequenos;
este é o momento de voltar para a vida espiritual.
Continue
lendo o texto: http://www.nascervariasvezes.com/2017/01/dicas-cuidar-quem-esta-morrendo.html
Autor: Regis
Mesquita
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