Rieu

03/01/2017

O autocontrole e a autoprivação na evolução espiritual

O autocontrole e a autoprivação na evolução espiritual
 Regis Mesquita  – Blog Nascer Várias Vezes - http://www.nascervariasvezes.com/

Sua tataravó acordava, matava o porco, tirava a banha para fazer sabão. Ia até a beira do rio para lavar a roupa com o sabão que fabricou. Ao final do dia, ela estava menos estressada do que sua tataraneta que coloca a máquina de lavar para funcionar. O que está acontecendo? Porque chegou-se a esta situação? Toda propaganda de máquina de lavar fala em ter uma vida mais fácil. Mas, o dia-a-dia ficou mais estressante.
 Sua tataravó tinha uma vida com muitas privações. Se ela tivesse muita roupa para lavar, não teria banha para cozinhar. Era uma vida muito mais restrita do que a sua hoje. Ela, poucas vezes, tinha que administrar o excesso. As pessoas eram mais pobres, com menos acesso a bens de consumo. Homens adultos tinham duas calças, algumas camisas e cuecas. Eram pouquíssimas roupas, poucos acessórios – mesmo quando eram feitas por eles mesmos. 
 A vida era regida pelas épocas do ano. Tempo de manga, tempo de goiaba, etc. Por não adiantar desejar, todos se conformavam (se submetiam) em comer a fruta da estação. Era mais simples: comia o que tinha. Comia o que plantava e criava. Como o desenvolvimento tecnológico era pequeno, a fome era comum e as doenças combatidas com poucos recursos. Era muito raro ir ao médico. Uma apendicite, por exemplo, era morte quase certa.
A privação ensinava o valor das coisasComo tinham pouco, as pessoas valorizavam. Matar um porco e ter o que comer era um evento importantíssimo. Qualquer doença que atacasse a criação podia ser a sentença de fome para a família. A escassez constante tornava os momentos de abundância altamente especiais e valorizados. Momentos de festa e alegria. 
 As pessoas daquele tempo aprenderam muito, mas NÃO aprenderam a viver em abundância. Elas morreram e algumas já renasceram. Renasceram com um desafio típico da época atual: vocês terão em abundância, terão que aprender a se privarem voluntariamente para não sofrerem.
 As missões de vida são pessoais e/ou grupais. O grupo de espíritos que está encarnado neste momento deve aprender o AUTOCONTROLE. Deve aprender a ter em abundância e usufruir dentro do necessário para evitar que o desequilíbrio gere sofrimento.
 Exemplo: alimentar bem e equilibradamente significa se privar. A privação acontece porque estamos acostumados a desejar mais alimentos do que necessitamos. As consequências para a saúde, bem estar e estética são grandes. 
 A autoprivação, o sofrimento direcionado para o que é necessário, é fundamental para gerar força espiritual. Esta força espiritual é fundamental para sustentar o espírito nas grandes provações da vida. E o sofrimento direcionado é importante para gerar a percepção dos reais valores das coisas e das situações da vida. O treino é realizado no dia-a-dia. As situações cotidianas devem ser aproveitadas para treinar o autocontrole e a autoprivação (leia este livro).
 Quem desenvolver as habilidades necessárias terá maiores facilidades de conquistar os desafios. Ou seja, quem NÃO se autoprivar nas situações e momentos corretos estará gerando privações e sofrimentos muito maiores.
 Nossa sociedade está lotada de pessoas que sofrem por não se privarem no que é fundamental. Vou dar o exemplo da alimentação, porque é mais fácil: um homem passa o dia com dores nas costas, irritado e nervoso por causa do excesso de peso. Um dia terá que aprender a ter autocontrole, neste dia parará de sofrer. Atualmente sofre e não aprende o que deve aprender. É o pior dos sofrimentos: o sofrimento inútil por não gerar aprendizado.
 Uma vida equilibrada exige autocontrole. O treino do autocontrole é a autoprivação. Todos nós, espíritos encarnados, estamos na vida terrena para desenvolver esta habilidade em meio à abundância. É a meta, uma das missões de vida de quase todos os espíritos atualmente encarnados no planeta Terra.
 Autor: Regis Mesquita

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