O
autocontrole e a autoprivação na evolução espiritual
Sua
tataravó acordava, matava o porco, tirava a banha para fazer sabão. Ia até a
beira do rio para lavar a roupa com o sabão que fabricou. Ao final do dia, ela
estava menos estressada do que sua tataraneta que coloca a máquina de lavar para
funcionar. O que está acontecendo? Porque chegou-se a esta situação? Toda
propaganda de máquina de lavar fala em ter uma vida mais fácil. Mas, o dia-a-dia
ficou mais estressante.
Sua
tataravó tinha uma vida com muitas privações. Se ela tivesse muita roupa para
lavar, não teria banha para cozinhar. Era uma vida muito mais restrita do que a
sua hoje. Ela, poucas vezes, tinha que administrar o excesso. As
pessoas eram mais pobres, com menos acesso a bens de consumo. Homens adultos
tinham duas calças, algumas camisas e cuecas. Eram pouquíssimas roupas, poucos
acessórios – mesmo quando eram feitas por eles mesmos.
A vida
era regida pelas épocas do ano. Tempo de manga, tempo de goiaba, etc.
Por não
adiantar desejar,
todos se conformavam (se submetiam) em comer a fruta da estação. Era mais
simples: comia o que tinha. Comia o que plantava e criava. Como o
desenvolvimento tecnológico era pequeno, a fome era comum e as doenças
combatidas com poucos recursos. Era muito raro ir ao médico. Uma apendicite, por
exemplo, era morte quase certa.
A
privação ensinava o valor
das coisas. Como
tinham pouco, as pessoas valorizavam. Matar um porco e ter o que comer era
um evento importantíssimo. Qualquer doença que atacasse a criação podia ser a
sentença de fome para a família. A escassez constante tornava os momentos de
abundância altamente especiais e valorizados. Momentos de festa e
alegria.
As
pessoas daquele tempo aprenderam muito, mas NÃO aprenderam a viver em
abundância. Elas morreram e algumas já renasceram. Renasceram com um desafio
típico da época atual: vocês terão em abundância, terão que aprender a se
privarem voluntariamente para não sofrerem.
As
missões de vida são pessoais e/ou grupais. O grupo de espíritos que está
encarnado neste momento deve aprender o AUTOCONTROLE. Deve aprender a ter em
abundância e usufruir dentro do necessário para evitar que o desequilíbrio gere
sofrimento.
Exemplo:
alimentar bem e equilibradamente significa se privar. A privação acontece porque
estamos acostumados a desejar mais alimentos do que necessitamos. As
consequências para a saúde, bem estar e estética são
grandes.
A
autoprivação, o sofrimento direcionado para o que é necessário, é fundamental
para gerar força espiritual. Esta
força espiritual é fundamental para sustentar o espírito nas grandes provações
da vida. E o sofrimento direcionado é importante para gerar a percepção
dos reais valores das coisas e das situações da vida. O treino é
realizado no dia-a-dia. As situações cotidianas devem ser aproveitadas para
treinar o autocontrole e a autoprivação (leia
este livro).
Quem
desenvolver as habilidades
necessárias terá
maiores facilidades de conquistar os desafios. Ou seja, quem NÃO se
autoprivar nas situações e momentos corretos estará gerando privações e
sofrimentos muito maiores.
Nossa
sociedade está lotada de pessoas que sofrem por não se privarem no que é
fundamental. Vou dar o exemplo da alimentação, porque é mais fácil: um homem
passa o dia com dores nas costas, irritado e nervoso por causa do excesso de
peso. Um dia terá que aprender a ter autocontrole, neste dia parará de sofrer.
Atualmente sofre e não aprende o que deve aprender. É o pior dos sofrimentos: o
sofrimento inútil por não gerar aprendizado.
Uma
vida equilibrada exige autocontrole. O treino do autocontrole é a
autoprivação. Todos
nós, espíritos encarnados, estamos na vida terrena para desenvolver esta
habilidade em meio à abundância. É a meta, uma das missões de vida de quase
todos os espíritos atualmente encarnados no planeta
Terra.
Autor: Regis
Mesquita
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