Rieu

09/08/2016

O Bom e Sagrado Caminho Vermelho



O Bom e Sagrado Caminho Vermelho
Em nossa caminhada, levando a cura através da medicina da Arte Xamânica a muitos irmãos e irmãs, recebemos inúmeras bênçãos, sejam por palavras, gestos, sorrisos, alegrias, descobertas e a amizade que vamos fortalecendo com cada um que vem compartilhar conosco esta sagrada medicina.
Assim, através da beleza da entrega e do amor incondicional, o Grande Espírito coloca em nosso caminho as bênçãos de receber e compartilhar informações verdadeiras e embasadas no profundo conhecimento das culturas ancestrais espalhadas pelo mundo e pelo tempo, que compartilhamos com todos aqui neste espaço sagrado, por saber que o "Tempo das Nuvens Negras" chegou ao fim e a luz da informação e do conhecimento nativo verdadeiro deve ser transmitido com urgência a todos os buscadores da luz.
Como diz Hotashugmanitu Tanka: "estamos aqui para semear e compartilhar, fazendo brilhar a Roda do Arco Íris neste início do Tempo do Búfalo Branco, trazendo a consciência da totalidade, a paz e a serenidade para os irmãos de todas as cores".
Que assim seja! (Fonte: Marcelo Caiuã e Bianca Martins)
Cacique Pena Branca – Mestre Universal
(Na imagem: Mestre Pena Branca pintado por Cândi Buchert)

Em 1929, o poderoso Cacique Pena Branca, líder dos índios Yaqui do México, liderou uma revolta contra a opressão e a injustiça que vitimavam o seu povo. Desde este momento, nas terras americanas, o mito desta entidade nasceu. Cacique Pena Branca é hoje um símbolo de liberdade, autenticidade e fraternidade.
Entrando em contato com muitos irmãos de cultos afro-indígenas do México, Caribe e Estados Unidos, fiz esta pergunta a mim mesmo:“Será nosso Caboclo Pena Branca, esta mesma entidade ou representante dela?”
Certa vez, perguntei ao irmão Alberto Salinas, curandeiro e médium de uma tradição espiritualista mexicana, quais as principais entidades que incorporavam em seu templo. O primeiro nome que ouvi foi: Pena Branca. Em seguida, comentei que no Brasil, também incorporava um índio do mesmo nome. Ele não se surpreendeu e disse que outros “Penas” também freqüentavam sua sessão de cura, nada impedindo que fossem as mesmas entidades.
Longe dali, no Caribe, existe uma religião chamada de Vinte e Uma Divisões (ou Vinte e Uma Linhas) que é muito parecida com a nossa Umbanda. Nos terreiros deste culto, trabalham destemidos espíritos de índios, pretos velhos, exus (ali chamados de candelos) e outros espíritos familiares. Na Linha de Índio Bravo, uma das Vinte e Uma Linhas, encontramos também nosso velho amigo: Pena Branca.
Ali ele baixa, firme e elegante, dando brados e vivas imponentes. Com ele, também incorporam Águia Branca, e outros “Penas”: Pena Azul, Pena Negra, Pena Amarela... Coincidência? Nos estados sulistas dos Estados Unidos, existem algumas igrejas espíritas. Coisa bem diferente, pois por fora parece um templo evangélico e por dentro um terreiro. Os pastores são médiuns e bem íntimos com as manifestações do Mundo Invisível.
O espírito principal que chefia estas igrejas, é o Chefe Índio Falcão Negro.Quando o Chefe Falcão se manifesta, ele puxa outros companheiros das aldeias do astral, como Nuvem Vermelha, Águia Negra (nomes de Chefes Indígenas que existiram) e entre eles está: Pena Branca! Mais coincidência?
Algumas fraternidades esotéricas americanas, que cultuam os Mestres Ascencionados como Saint Germain, El Morya e outros bem conhecidos da Nova Era, conhecem um belo Mestre Curador. Ele aparece como um índio banhado em luminosa luz, dando sábios conselhos e mensagens. Seu nome? Mestre Pena Branca.Em algumas ilhas do Caribe existe um culto chamado Obeah, de origem africana. Dentro dele são celebrados os mistérios dos espíritos de origem indígena taino, etnia local. Existem muitas entidades indígenas, a maioria com comportamento arredio e nomes de animais, como Cobra Verde, Pantera Negra, Jaguar Dourado...
Quando incorpora a Falange do Povo Alado, simbolizada pelos pássaros e morcegos, um deles tem um destaque especial. Este espírito se apresenta sério, compenetrado, usa tabaco fortíssimo e uma pena branca na cabeça. Como é chamado? Índio Pena Branca. Pois então, novamente o encontramos.
Na Venezuela existe um culto belíssimo, semelhante em tudo com a Umbanda do Brasil. É a tradição de Maria Lionza, a Rainha Mãe da Natureza.Na Linha Índia, comandada pelo famoso espírito do Cacique Gaicaipuro, incorporam centenas de caboclos venezuelanos e americanos. Eles trabalham com pemba, bebidas diversas, cocares, maracás e todo o aparato ameríndio. Chegam e saudando o povo, que procura semanalmente os irmãos em busca de alívio, socorro material e espiritual.
Certo dia em Bonaire, uma ilhazinha perto da Venezuela, eu participava de um culto de Lionza. Perto do Conga, estava um rapaz incorporado com um caboclo. Atento, o índio ouvia pacientemente uma velha senhora e a limpava com um maço de ervas perfumadas. A senhora chorava muito e tremia. No final da sessão, o semblante dela havia mudado, Feliz, ela sentou-se no banco da assistência e orava agradecida.Curioso, eum me aproximei e perguntei o nome da entidade que a atendeu. A velha irmã respondeu com reverência: Índio Pena Branca.
O tempo passou e a pergunta ainda batia dentro da minha cabeça. Será que é o mesmo Pena Branca? Terá este Caboclo conhecido da Umbana viajado tanto assim? Afinal, ele é mexicano, americano ou brasileiro? Quem, afinal, nasceu primeiro, o Pena Branca daqui ou de lá? Inquietações de um pesquisador.Uma bela noite, em um modesto e tranqüilo terreiro umbandista do interior paulista, acontecia uma gira de caboclo.A líder do terreiro abriu o trabalho e incorporou. Seu Pena Branca estava em terra, em todo o seu esplendor de força.Fiquei atento, lembrei-me do Caribe e pensava em tudo isso que agora escrevo aqui.
O Caboclo Pena Branca riscou seu ponto, pediu um charuto, deu algumas ordens ao cambono e olhou para onde eu estava. Senti uma estranha energia percorrer minha espinha. Ele continuou olhando e acenou. Me levantei e acenei de volta. Foi então que ele falou: - Filho, era eu, lembra? Tem aí um maço de ervas bem cheiroso para mim?
Salve Seu Pena Branca! (Fonte: Rãs Adeagbo)

Grande Chefe Tatanka Lyotake
"De todos os caminhos da vida há um que importa mais: é o caminho que nos leva ao verdadeiro ser humano."
Indigenas Moicanos
Declaração Solene dos Povos Indígenas do Mundo

Nós, povos indígenas do mundo,
unidos numa grande assembléia de homens sábios,
declaramos a todas as nações:
quando a terra-mãe era nosso alimento,
quando a noite escura formava nosso teto,
quando o céu e a lua eram nossos pais,
quando todos éramos irmãos e irmãs,
quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes,
quando a justiça dirigia a lei e sua execução,
aí outras civilizações chegaram!

Com fome de sangue, de ouro, de terra e de todas as sua riquezas, trazendo numa das mãos a cruz e na outra a espada
sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos, nos classificaram abaixo dos animais, roubaram nossas terras e nos levaram para longe delas, transformando em escravos os "filhos do Sol".

Entretanto, não puderam nos eliminar!
Nem nos fazer esquecer o que somos,
porque somos a cultura da terra e do céu,
somos de uma ascendência milenar e somos milhões.
Mesmo que nosso universo inteiro seja destruído,

NÓS VIVEREMOS
"Nós não queremos riquezas,
só queremos criar direito nossas crianças...
Riquezas não nos fariam nenhum bem...
Nós não podemos levá-la
conosco para o outo mundo.
Nós não queremos riquezas,
queremos paz e amor..."

Mahpiua Luta ( Nuvem Vermelha)
Chefe dos Sioux Oglallas Teton



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