Rieu

13/05/2016

Castro Alves
 
"Eu sou como a garça triste
Que mora à beira do rio,
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.
Me fazem tremer de frio
Como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.
Que é livre, que livre voa
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.
Canta longe do caminho.
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas"
 
 
(Castro Alves)
(o poeta dos escravos)
 
 
No século XVIII,  chamado de século de ouro, muitos escravos conseguiam
 comprar a sua liberdade, adquirindo a famosa Carta de Alforria ,
porem, a sociedade preconceituosa fechava as portas de trabalho para eles.
Outros reagiam à escravidão promovendo revoltas e fugindo para os Kilombos.
A liberdade estava tão longe, só chegavam a se sentirem livres quando chegavam
ao Kilombo dos Palmares  (o mais famoso dos Kilombos) e contavam com a
proteção de  Zumbi.
A luta pela liberdade era grande, sonhada, almejada...porem, desigual, a oposição vencia sempre.
Em 13 de maio de 1888 o sonho da famosa liberdade se concretizou.
 
Feliz da araponga errante, que é livre e que livre voa...
 
Agora os nossos irmãos  negros são livres, mas, será que eles podem voar?
 
Querendo ou não, nós sabemos que o preconceito ainda é visível em qualquer lugar.
 

13 de maio de 1888
13 de maio de 2016
 

Silvia Giovatto (faffi)

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