Castro
Alves
"Eu sou como a garça
triste
Que mora à beira do rio,
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.
Me fazem tremer de frio
Como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.
Que é livre, que livre voa
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.
Canta longe do caminho.
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas"
Que mora à beira do rio,
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.
Me fazem tremer de frio
Como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.
Que é livre, que livre voa
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.
Canta longe do caminho.
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas"
(Castro
Alves)
(o poeta dos
escravos)
No século XVIII,
chamado de século de ouro, muitos escravos conseguiam
comprar a sua
liberdade, adquirindo a famosa
Carta de Alforria ,
porem, a sociedade
preconceituosa fechava as portas
de trabalho para eles.
Outros reagiam à
escravidão promovendo revoltas e fugindo para os Kilombos.
A liberdade estava tão
longe, só chegavam a se sentirem livres quando chegavam
ao Kilombo dos
Palmares (o mais famoso dos Kilombos) e contavam com a
proteção de
Zumbi.
A luta pela liberdade
era grande, sonhada, almejada...porem, desigual, a oposição vencia
sempre.
Em 13 de maio de
1888 o sonho da famosa liberdade se concretizou.
Feliz da araponga
errante, que é livre e que livre voa...
Agora os nossos irmãos
negros são livres, mas, será que eles podem voar?
Querendo ou não, nós
sabemos que o preconceito ainda é
visível em qualquer
lugar.
13 de maio de
1888
13 de maio de
2016
Silvia Giovatto (faffi)
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