Estamos às vésperas do Dia das Mães. Vamos ter muita
festa, com aquela gostosa união familiar, com mães e filhos se abraçando numa
linda demonstração de amor, e realmente existem datas consagradas à união
familiar. O Dia das Mães, como o Natal é uma data das mais festejadas
pela união familiar.
Festas à parte, vamos falar um pouco do que pode ser
sentido por mães e filhos que as circunstâncias da vida forçam a uma separação,
o que normalmente seria considerado
como uma infinda tristeza, mas que pode e deve ser
encarado de outra maneira, se considerarmos como uma espécie de teste que é
imposto, para que se possa aquilatar a força desse
amor.
Chega a ser interessante essa relação entre
Pais e Filhos.
Muitas vezes, quando juntos, querem estar longe. Se
separados, lamentam a distância que os
separa.
Quando a distância que os separa é pequena, ainda não
chegam a dar o devido valor, afinal está aí, ao alcance da mão, e a qualquer
momento que se queira, pode-se ter a companhia, a presença. Então, protela-se a visita para amanhã, para
depois, para qualquer outro dia, e às vezes esse dia demora para chegar, mas
ela está logo ali, pra que a pressa? Todavia, por vezes a distância aumenta, e o que
estava ali pertinho, vai para longe, e por vezes, definitivamente
longe...
Fica mais difícil um encontro, um reencontro, e aí
bate a saudade. A mamãe está longe, por
que não me preocupei mais com ela quando estava perto? O amor continua o mesmo, mas falta a
convivência, e aí bate a tristeza.
Quando então acontece o inevitável, é aí é que a
saudade bate forte, é aí é que se lamenta o pouco caso demonstrado quando estava
ao alcance da mão. Pergunta-se, então
por que a convivência não foi aproveitada quando era possível, mas aí então já
é tarde.
Estranhos são os caminhos do Senhor, bem como
estranhas são as reações do ser humano.
Por que será que muitos só dão valor ao que tem quando perdem? Por que esse sentido de se julgar superior
aos sentimentos inerentes a todo ser humano?
E depois, quando descobrem que são tão humanos quanto todos os outros,
lamentam o tempo perdido. Interessante
isso...
Mães e filhos distantes... Precisam ser muito fortes
para superar a tristeza. Precisam ser
muito fortes para entender o porque dessa separação. Precisam ser muito fortes para não deixar o
amor fenecer. A distância pode e deve
ser motivo para fortalecer o bem querer, como preparativo para o
reencontro.
Mães e filhos distantes... Apenas não podem deixar
que a distância provoque o surgimento de mágoas que possam dificultar o
reencontro. O carinho pode e deve
existir mesmo à distância. A tecnologia
moderna facilita isso. Um simples
cartão, um telefonema e mesmo um e-mail com as palavrinhas mágicas: "eu te
amo", "tenho saudade", "quero te ver",
fazem milagres. Flores podem ser
enviadas à distância. Pequenos gestos
que indicam carinho, atenção, nunca são
demais.
E aqueles que tem a sorte de estar juntos,
nunca deixem de dar valor à companhia.
Nunca pensem em mães e pais como "aqueles chatos que não saem do meu pé",
pois quando não os puderem ter mais, talvez sintam a falta e dêem o devido
valor.
A mesma fórmula se aplica àqueles chatos que ficam
escrevendo o que por vezes não queremos ler.
Aproveitem, enquanto eles ainda estão
escrevendo...
Um abraço a
todos, e UMA SEMANA CHEIA DE LUZ, e de muito amor e compreensão para
as mães e filhos distantes, e que sempre possam fazer de cada dia, UM LINDO
DIA...
Marcial Salaverry
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