Ainda agora, enquanto eu selecionava alguns textos para uma publicação, lembrei-me de diversos alertas sobre a responsabilidade de quem trilha uma senda consciencial. E agradeci ao Todo, por todas as oportunidades – e também aos mentores extrafísicos que me aturam na jornada do esclarecimento e da assistência espiritual.
No entanto, logo depois, senti uma sensação diferente, uma espécie de nostalgia, aparentemente sem motivo algum. Foi, então, que eu vi uma presença extrafísica chegando pelo meu lado direito.
Tratava-se de um guardião espiritual*, um protetor de campo energético, que trabalha nas regiões astrais densificadas – e que estava no meu lar, por algum motivo dele. Com respeito, ele me cumprimentou e me disse que, “felizes são os que já despertaram para outras realidades além do seu próprio umbigo”.
No entanto, eu notei que ele estava firme, como sempre, mas um tanto quanto sorumbático, diferente do seu normal. E perguntei-lhe o que estava rolando...
E ele olhou-me diretamente, e eu vi as lágrimas rolando pelo seu seu rosto.
Então, ele me disse: “Só Deus é que sabe os reais motivos das coisas, mas é muito triste ver tantos filhos espirituais caindo nas malhas das trevas. Alguns, por orgulho; outros, por pura perfídia mesmo. E também há aqueles que foram seduzidos pelas coisas do mundo – ou levados por amigos levianos para as praias da irresponsabilidade.
Essas lágrimas que você vê lavando o meu semblante, são por causa da ingratidão que tanto tenho visto bloquear a caminhada espiritual das pessoas. E são tantas...
E eu sei as consequências disso! Pois, eventualmente, diante da Luz espiritual - que dissolve todas as máscaras e verga o ego mais renitente -, elas regurgitarão extrafisicamente toda má vontade e sentirão o aguilhão da dor rompendo a inércia que acalentaram em sua vida.
E aqueles que estão fazendo o mal em nome dos espíritos trevosos, ah, esses engolirão a própria magia danosa que soltaram no mundo. E que Deus tenha piedade deles!
Eu choro pelos filhos espirituais que abraçaram as trevas!
Em lugar da Luz redentora e do serviço construtivo, muitos preferiram acasalar-se com as entidades maléficas do Astral inferior. E o pior: acham-se o máximo.
E mexer com o porão do Umbral é altamente perigoso.
Eu choro pelos trabalhadores espirituais que sucumbiram à virose do ego negativo e se deixaram levar pelas marolas ilusórias dos agentes trevosos.
Eles eram da Luz – e prometeram muito antes de descerem às lides da carne...
Porém, na crosta do mundo, não fizeram jus ao que planejaram. E, pelo contrário, deitaram com as trevas – e, hoje, andam com os pés sujos da lama do Umbral.
Eu choro porque alguns deles se vestem de branco, e até parecem dignos externamente, mas, os seus corações são escuros como a hipocrisia que os devora internamente. E alguns se acham uma sumidade em suas áreas...
O meu choro não é de julgamento sobre o que eles fazem, não!
Eu choro pelo desperdício de potencial – e porque eles não eram assim antes.
E eu sei aonde isso vai dar... Pois já vi muitos casos e sei das dores que o mundo não vê. E, muitas vezes, só às portas da morte é que alguns percebem o quanto de prejuízo espiritual levaram.
Eu sou apenas um humilde guardião espiritual, e o Alto é que me guia...
Mas, já vi muitas coisas nas lides espirituais e sei o quanto as pessoas gostam de se agarrar a ilusões – e o quanto elas são capazes de renegar a Luz.
O meu choro é de guardião, é choro honrado!
E eu estou deixando você ver minhas lágrimas como mais uma forma de alerta aos encarnados. Para que saibam que os guardiões também choram...
A nossa função é a proteção espiritual dos que trabalham pela Luz e, por isso, não julgamos o comportamento particular de ninguém. Mas, também é nossa função projetarmos no mundo os alertas que o Alto nos incumbiu. E, hoje, isso está sendo feito por meio dessas lágrimas que você está vendo.
Estou cumprindo a minha tarefa. Agora, cumpra a sua e escreva, na Força do Espírito. E que o Alto nos abençoe.
E ai daqueles que fazem os seus guardiões extrafísicos chorarem!”
Então, após me dizer tudo isso, ele juntou suas mãos e saudou-me respeitosamente – e foi embora, silenciosamente.
E eu fiquei quietinho e comovido, refletindo e admirando a grandeza e a honra desses espíritos guardiões, que tanto seguram invisivelmente a barra da gente**.
Ah, tem coisas que não têm preço! Uma delas é receber a visita extrafísica de um guardião desses. É uma honra mesmo!
Oxalá as suas lágrimas de alerta também sirvam para reflexões sadias de outros estudantes e trabalhadores espirituais, para que não “deem mole” em suas jornadas espirituais e humanas – e que, mesmo diante das pressões do mundo, fiquem firmes em seus valores conscienciais.
Sim, tomara que as lágrimas de um guardião espiritual sejam capazes de despertar outras pessoas de sua inércia consciencial. E que, em seus corações, haja Luz, sempre***.
Paz e Luz
.Postado em Textos Periódicos
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
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