(Imagem: Dollar Photo Club)
Há muitos
anos ouvimos histórias tristes de pais que são afastados de seus filhos após a
separação. Normalmente a guarda fica para a mãe e para o pai restam os parcos
dias de convivência, normalmente finais de semanas alternados. Quando a mãe
está magoada e quer punir o ex-cônjuge, pode usar a criança como arma. É aquela
mãe que some com a criança nos dias de convivência do pai e mente, dizendo ao
filho que o pai não a ama e por isso foi embora de casa. Fala tantas coisas
ruins, que até a própria criança passa a desvalidar esse pai e a não querer
mais conviver com ele. Nesse momento fica confirmada a Alienação Parental.
Diante
dessa dificuldade, é comum o pai se afastar. Ele se cansa, pois é desgastante.
Ele sabe que, apesar de tudo, aquela mulher cuida bem da criança e para não
atrapalhar a vida de seu filho, não aparece mais."é comum o pai se
afastar. Ele se cansa, pois é desgastante. Ele sabe que, apesar de tudo, aquela
mulher cuida bem da criança e para não atrapalhar a vida de seu filho, não
aparece mais."
Esse é o
maior erro que um pai pode cometer! Essa criança quer conviver com esse pai,
quer que ele batalhe por ela e não que desista porque está complicado. A mãe é
quem está atrapalhando, e não o pai, por querer manter a convivência.
E vai dar
trabalho mesmo. O pai vai gastar dinheiro com um advogado, vai ter muita dor de
cabeça, mas não pode desistir. Ele tem que pedir imediatamente uma liminar para
buscar a criança em seus dias.
Lei da Guarda Compartilhada
Para
acabar de vez com essa questão, entrou em vigor a lei da Guarda Compartilhada:
ao se separarem, pai e mãe serão responsáveis pela criança. A residência pode
ser a materna ou a paterna, mas o ente que não morar com a criança terá todo o
direito de compartilhar as decisões sobre a vida de seu filho.
Dentro de
cada realidade familiar, vai estipular a responsabilidade de cada um. Se a
criança morar com o pai, por exemplo, a mãe pode ser responsável por
levar/buscar na escola, ao dentista. Mas nenhuma decisão será tomada apenas
pelo pai.
Há quem
acredite que a lei "não dará certo" se os pais não se entenderem. Mas
os pais que se entendem já aplicam esse modelo de guarda, mesmo que tenham a
guarda unilateral. Os pais que não se entendem, que atrapalham, são os que mais
precisam. Se não tiverem competência para cuidar da criança de uma maneira
adequada, terão que obedecer ao que o juiz estipular."Os pais que
não se entendem, que atrapalham, são os que mais precisam. Se não tiverem
competência para cuidar da criança de uma maneira adequada, terão que obedecer
ao que o juiz estipular."
E se
descumprir o combinado, a guarda vai para o outro ente.
O mais
importante é que o bem-estar da criança seja levado em conta e que todos
entendam que filhos querem o pai e a mãe participando de sua vida. A criança se
sente amada e cuidada enquanto vive em um ambiente organizado, em harmonia.
Você, pai ou mãe, que nesse momento está afastado de seu filho, não desista!
Não compactue com essa maldade.
SOBRE O AUTOR :Roberta Palermo
Roberta Palermo
é terapeuta familiar e autora do livro "Ex-marido, pai presente - Dicas
para não cair na armadilha da alienação parental" (Editora Summus).
REVISTA PERSONARE
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