17/12/2017

O Dom da Paz


O Dom da Paz


Lembram-se de em pequenos alguma vez terem tentado apanhar uma borboleta? Com as suas asas delicadas, a borboleta baloiçava-se e flutuava graciosamente no ar. No entanto, parecia que quanto mais tentávamos capturá-la, mais ela nos fugia. Se ficássemos quietos, respirássemos fundo e estendêssemos a mão, poderia pousar mesmo na nossa palma.

Frequentemente, trazemos até nós tanta dor desnecessária por não abrirmos mão das coisas e não deixarmos o Universo revelar-nos o seu plano. George Ohsawa escreve: “A vida pode ser fácil. Recusem-se a abrir mão das coisas e serão alguém a afogar-se; quanto mais lutarem, mais depressa se afundam”. Talvez nunca tenham sido ditas palavras mais acertadas.

Na porção desta semana, Vayigash, José revela-se finalmente aos seus irmãos. Os mesmos irmãos que o venderam como escravo e que causaram tanta dor à família. Os mesmos irmãos que andaram a consumir o pensamento perguntando-se o que teria causado o caos que estavam a viver. No entanto, quando José revela que está vivo, a peça final do puzzle é encontrada! Finalmente, tudo lhes faz sentido. José diz aos irmãos que o Criador dirigiu toda a sua vida e que havia uma boa razão para tudo o que aconteceu.

Permitam-me que vos pergunte, seja qual for a dificuldade que possam estar a enfrentar neste momento, se soubessem que no fim tudo se resolveria, ainda teriam alguma dúvida ou preocupação?

A bênção que podemos receber nesta semana é uma que nos proporciona paz. São-nos dados os olhos que nos permitem ver a partir de um plano mais elevado, e com isso a capacidade de conhecer a verdade: que tudo o que nos acontece é para nosso bem.

Vayigash significa "aproximar-se" e na verdade cada um de nós está nesta altura a ser chamado a chegar mais perto da sabedoria do Criador e do Universo. Com esta maior conexão, talvez possamos estar abertos a aceitar o nosso processo actual - o que quer que seja - sabendo que nele reside a mão do Criador. É em tal estado de aceitação que podemos experimentar uma nova paz. Deixamos de carregar o grande fardo de estar no centro do Universo. A aceitação permite-os ser pequenos, para que o Criador possa ser grande.

Como eu disse antes, "a Luz está na parada”.

Quando nos aproximamos da Luz, o plano maior é iluminado para que possamos ver. Não é por acaso que nos reunimos com as nossas famílias nesta época do ano, tal como José e os irmãos fizeram. Somos suavemente empurrados para conhecer a Luz, e conhecermo-nos um pouco mais.

Qualquer que seja a ponte em que esteja agora ou que possa ter que atravessar em breve, saiba que há um plano para si e que não está sozinho. O Criador acompanha-o em cada passo do caminho. Há uma razão para tudo o que acontece. À medida que avançamos ao longo do nosso caminho espiritual, podemos ver que a Luz esteve sempre connosco. Podemos vir a perceber que o Criador, de facto, actua de formas misteriosas.


Esta é a estação em que ouvimos dizer a amigos e conhecidos por toda o lado: "Paz na Terra, boa vontade para com os homens”. É possível, sabem. Pode acontecer. Eu acredito. A paz na Terra começa com encontrar um pouco mais de paz nos nossos corações. Este presente pode ser nosso nesta semana.

Arranjem tempo para encontrar esse lugar de quietude que existe dentro de vós nos próximos dias. Durante as vossas meditações, respirem fundo e vejam os vossos anjos da guarda a caminhar convosco. Vejam a bela Luz do criador iluminando o vosso caminho. Tirem as mãos do volante. Deixem o plano do Criador revelar-se. E, se tiverem sorte, enquanto estão aí sentados, uma bela borboleta pode pousar mesmo no vosso ombro.

Com todo o meu amor,

Karen

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