26/08/2015

INTOLERÂNCIA À LACTOSE. EU TENHO, E AGORA?


Calma, não se assuste. A intolerância à lactose é mais comum do que você imagina e pode ser controlada.

A intolerância à lactose acontece quando seu organismo se torna incapaz de digerir a lactose, que é o açúcar presente no leite e em seus derivados. Isso acontece quando a enzima lactase, responsável pela quebra da lactose, está ausente ou deficiente no organismo. Quando isso acontece, a lactose não consegue ser digerida, causando uma série de complicações e sintomas.

A digestão desse açúcar acontece no intestino delgado, no entanto, pela ausência ou deficiência da enzima, a lactose chega intacta ao intestino e acaba servindo de alimento para as bactérias ali presentes. Dentre os sintomas mais comuns estão: dores e desconfortos abdominais, diarreias, náuseas, inchaço, gases e cólicas. Podem aparecer entre 30 minutos e 2 horas após o consumo de leite ou derivados. Nesses casos, o consumo de probióticos também é válido, à medida que vão ajudar a refazer a flora intestinal.

A intolerância à lactose é, geralmente, de fundo genético e é classificada em três tipos:

- Intolerância congênita da enzima: acontece quando os recém-nascidos já nascem sem a capacidade de produzir a enzima lactase, tornando a intolerância permanente.

- Diminuição enzimática secundária a doenças intestinais: deficiência temporária da enzima, associada à morte de células intestinais. Essa deficiência ocorre de maneira temporária até que essas células sejam recompostas.

- Deficiência primária: é a mais comum entre a população e acontece pela diminuição natural da produção da enzima lactase com o decorrer dos anos.

A gravidade dos sintomas varia de acordo com a quantidade de lactose que cada indivíduo tolera. Vale lembrar que indivíduos com doença celíaca, síndrome do intestino irritável e gastroenterite tendem a apresentar quadros mais graves de intolerância à lactose.

O diagnóstico é feito de três maneiras: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes.

Quando diagnosticada, o tratamento é relativamente simples, deve-se retirar da dieta alimentos que contenham lactose em sua composição. Os mais conhecidos são o leite e seus derivados, porém, você deve saber que alguns medicamentos e adoçantes podem conter traços de lactose.

Por isso, a leitura dos rótulos das embalagens passa a ser muito importante.

Atualmente no mercado, existem diversas opções de alimentos sem lactose. Bebidas vegetais à base de soja, amêndoas e castanhas são alternativas para substituir o leite de vaca, por exemplo. Se mesmo assim você ainda não se adaptou a essas bebidas vegetais e não conseguiu restringir o consumo de leite, é possível adicionar gotas da enzima lactase aos alimentos à base de lactose para facilitar a digestão desse açúcar.

A inclusão de folhas de cor verde-escura na dieta, como o espinafre, a couve, os brócolis e a folha de mostarda, deve ser feita, pois são ótimas fontes de cálcio, que auxiliarão na manutenção de ossos e dentes mais fortes.

Salmão, sardinha, mariscos e camarão também podem ser acrescentados ao cardápio para aumentar o aporte de cálcio. A quinoa e oamaranto, grãos vegetais, também são ricos nesse mineral e podem ser consumidos com a mesma finalidade. 

Mas não se esqueça: a orientação de um profissional que o auxilie na readequação de seus hábitos alimentares é muito importante.


Fonte: Marcela Mendes.
Revista Mundo Verde

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